Baseado no romance de Anthony Burgess, Kubrick dirigi uma obra que segue a linha de uma trama atemporal. O longa esbanja insanidade no decorrer das cenas, não somente pela exposição da violência, mas tão somente pela maneira peculiar de retratar, podendo se dizer que com naturalidade, todavia o recheio de tons artísticos que contém laranja mecânica o faz se tornar belo, pois intriga o telespectador.
A história é narrada pelo protagonista Alex Delarge, onde o mesmo lidera uma gangue de jovens delinquentes que cometem excesso de crimes pela cidade, que eles denominam ultraviolência onde inclui estupros e agressões a indefesos. Embora a trama atraia pelo conteúdo violento à primeira vista, a condição maníaca do personagem e os explícitos simbolismos sexuais nas cenas, contudo são abordados implicitamente temas particulares, como de exemplo a negligência do estado com problemas aversivos a integridade humana, conceitos morais, a ineficiência do estado perante a isso e os trames políticos de certos grupos.
Mesmo que temas sérios e o entendimento da mensagem, passem despercebidos para o telespectador por não atenção a detalhes durante o filme. A trama se desenrola em sua segunda parte com as consequências dos impactos da primeira parte, sobretudo a notar a transformação do personagem, rejeição familiar e o drama que ele vive a ponto de contemplar suicídio. Todo esse enredo tendo como base de trilha sonora a música clássica e uma fotografia que sensibiliza ao retratar o drama e a tensão de forma única.
Laranja Mecânica deixa a reflexão e a visão sobre a ação opressora por parte de certos grupos, com métodos que fere a integridade humana, na justificativa de eliminar ou amenizar determinada situação ruim, mesmo que em realidade oposta e quadros distintos do mundo atual. Mas uma vez que tal ação cause efeitos trágicos, esses mesmos tais grupos, uma vez que obtendo poder não se responsabilizam pelos danos que eles mesmos causam.
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